Carlos Bolsonaro culpa Mauro Cid pela condenação do pai: “Parabéns”

(Foto: montagem)
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou o tenente-coronel Mauro Cid como culpado pela condenação do pai, julgado por envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Em publicação no X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (12), o vereador escreveu de forma irônica:
“Parabéns pelo que fez na história brasileira, Mauro Cid!”.
A mensagem faz referência à delação premiada do militar, considerada peça-chave para a sentença contra o ex-presidente.
Veja a postagem:

Mauro Cid foi durante anos o principal auxiliar de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. No fim do governo, acompanhou o ex-capitão na estadia prolongada nos Estados Unidos e esteve envolvido em episódios polêmicos. Ele foi responsável por negociar a venda ilegal de joias presenteadas ao Brasil e desviadas pelo ex-mandatário. Também participou da fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro e de familiares.
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Após ser preso em meio às investigações, Cid aceitou colaborar com a Justiça. Sua delação se tornou decisiva para a coleta de provas e foi usada pelos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) como elemento determinante para comprovar a participação de Jair Bolsonaro na trama golpista.
Por ter colaborado, Cid recebeu pena mais branda: dois anos em regime aberto. Já Bolsonaro, apontado como líder da organização criminosa que pretendia romper com a democracia, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
Além deles, outros seis integrantes do núcleo central do plano golpista foram sentenciados. As penas variam de 16 anos, no caso de Alexandre Ramagem, a 26 anos e 6 meses, no caso do general Walter Braga Netto.
Condenação de Bolsonaro
O STF condenou, nessa quinta-feira (11/9), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado. Ele é o primeiro ex-chefe do Executivo brasileiro condenado por envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, considerou Bolsonaro líder de uma organização criminosa, o que agravou a pena. Por outro lado, o magistrado aplicou atenuantes devido à idade avançada do ex-presidente.
Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, formando maioria de 4 votos a 1. O ministro Luiz Fux votou pela absolvição e, por essa razão, não participou da fixação da pena.
