Em 2024, o delegado licenciado da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), João Tayah, vai disputar as eleições para o cargo de vereador da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ele afirmou, em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rede Onda Digital, nesta quinta-feira (05/09), que o “inimigo” da esquerda no Brasil não é a direita bolsonarista, mas as mazelas sociais. Estas pautas, conforme Tayah, são esquecidas pela maioria dos parlamentares da Casa Legislativa.
“Nós entendemos que a direita hoje no Brasil se concentrou em colocar como inimigo o comunismo, o PT e a esquerda, mas nós da esquerda entendemos que o nosso inimigo não é a direita e nem o bolsonarismo: é a fome, é a pobreza, é a miséria. É a situação de vulnerabilidade [social] na qual as pessoas se encontram e que nós precisamos enfrentar e que poucos vereadores da Câmara Municipal, infelizmente, estão enfrentando”, disse João Tayah.
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O candidato do PT também criticou os policiais que têm preferência ideológica pela direita. Tayah disse que os profissionais da segurança pública são de uma classe de trabalhadores comuns e sem alto poder aquisitivo, que lidam com a criminalidade causada pela desigualdade social.
“Os policiais não teriam motivo nenhum para serem da direita. Primeiro, que são trabalhadores como o pedreiro, a faxineira e o operário do Distrito [Industrial]. O policial é um trabalhador, portanto, é uma pessoa que precisa vender sua força de trabalho para sobreviver. Geralmente, se o policial não perdeu o emprego do dia para a noite, no mês seguinte ele não consegue pagar os boletos […] E segundo, porque nós enfrentamos com a nossa vida as consequência da pobreza, da miséria e da desigualdade social […] Então, um policial que se intitula de direita, na verdade, está fomentando uma visão de mundo que coloca em risco a própria vida dele”, afirmou o delegado.
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