A Câmara dos Deputados fez nesta quarta, 28/2, uma sessão solene em homenagem aos 40 anos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No entanto, a sessão foi tumultuada e ocorreu sob protestos de deputados da oposição.
A homenagem ao MST foi requerida por deputados do PT, Psol e Rede e contou com a presença de representantes do movimento na casa. Durante a sessão, o deputado Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, se inscreveu para falar durante a sessão, e foi vaiado ao subir no plenário. Ele falou que a data não era motivo de comemoração, e atribuiu o movimento a crimes, como já tinha feito na CPI do MST no ano passado, que acabou sem ter relatório votado.
Vários militantes do movimento viraram as costas para Salles durante sua fala.
A presidente da sessão, deputada Maria do Rosário (PT-RS), pediu respeito ao colega, mas quando a situação escalou, disse: “Eu nunca vi uma homenagem, uma instituição que é homenageada ser desrespeitada pelos integrantes desta Casa”.
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Devido às discussões que começaram entre parlamentares de direita e de esquerda, o líder do governo na casa, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou:
“Essa sessão foi aprovada pelo plenário. Não estamos fazendo nada que não esteja dentro do regimento da Câmara. Isso aqui é a democracia. Vocês têm todo o direito de discordar, mas não podem agredir as pessoas presentes aqui”.
A sessão durou cerca de duas horas. Depois, a Frente Parlamentar do Agronegócio fez uma entrevista coletiva para manifestar descontentamento. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), por exemplo, acusou a mesa diretora de censurar parlamentares de oposição.
O deputado amazonense Capitão Alberto Neto (PL) compartilhou em suas redes parte da entrevista. Veja abaixo:
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*Com informações de UOL e Correio do Povo