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Câmara aprova urgência de projeto que acaba com delação premiada de presos

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Em uma votação-relâmpago e simbólica, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em menos de dez minutos, nesta quarta-feira (12/06) o requerimento de urgência do projeto de lei que proíbe delações premiadas de presos.

A urgência acelera a tramitação de uma matéria, já que ela não precisa ser analisada nas comissões temáticas da Casa e segue direto para o plenário. Os deputados ainda precisam votar o mérito do texto.

Após a votação, alguns deputados de partidos como PT, PSB, PCdoB, Psol, Novo e União Brasil pediram para que fossem registrados seus votos contrários.

Na terça (11/06), o líder governista na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou a vice-líderes que o Executivo não iria se envolver nessa pauta, por não ser um tema de governo. Há uma avaliação que é preciso focar as matérias da agenda econômica, que são prioritárias para o Palácio do Planalto.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), incluiu o requerimento na pauta de votações, provocando reação contrária de parte do PT.


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A urgência foi apresentada pelo líder do PV na Câmara, Luciano Amaral (AL), que é aliado de Lira e autor de uma proposta sobre o tema —o PV integra a Federação Brasil da Esperança, ao lado do PT e do PCdoB.

O PL de Amaral foi apensado a outro de conteúdo similar apresentado em 2016 pelo então deputado Wadih Damous (PT-RJ), hoje secretário do Consumidor no Ministério da Justiça, no contexto da Operação Lava Jato.

Especialistas divergem sobre a possibilidade da proposta retroagir e anular situações em que já houve delações firmadas com detidos. Em caso positivo, o texto poderia beneficiar, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo da delação do seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, assinada em 2023.

O texto de Luciano Amaral, que pode ser alterado pelos parlamentares durante as votações, tem apenas dois parágrafos. A proposta estabelece que a voluntariedade para a delação está ausente caso o interessado em colaborar com as autoridades estiver preso.

*Com informações da Folha de S.Paulo

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