Boulos assume como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

(Foto: reprodução)
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) tomou posse, nesta quarta-feira (29/10), como ministro da Secretaria‐Geral da Presidência da República, em cerimônia no Palácio do Planalto. A nomeação do militante histórico do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já havia sido anunciada pelo presidente Lula no dia 20 de outubro.
A pasta que ele assume é considerada estratégica dentro do governo federal porque fica diretamente ligada ao diálogo com movimentos sociais, à articulação entre governo e organizações populares e à interlocução com a sociedade civil. Boulos substitui Márcio Macêdo (PT-SE), que exercia o cargo desde janeiro de 2023.
Motivações e expectativas
A escolha de Boulos é interpretada por analistas e pela imprensa como parte de uma preparação do governo para as eleições de 2026, com uma ênfase maior em reaproximar a base social do presidente Lula, em especial a juventude, os movimentos urbanos e periferias, com estratégia para maior presença “nas ruas”. Em entrevista, o novo ministro afirmou que sua missão será “ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”.
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Além disso, sua nomeação sinaliza um movimento político de fortalecimento do PSOL dentro da base aliada do governo, retirando temporariamente uma pasta da cota do PT para a legenda. Analistas destacam, contudo, que mesmo com a troca, o PT continua sendo o partido com maior número de ministérios no governo.
Trajetória de Boulos
Boulos, de 43 anos, possui formação em Filosofia e mestrado em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Ele ganhou notoriedade nacional como líder do MTST e foi o deputado federal mais votado de São Paulo em 2022, com cerca de um milhão de votos. Sua entrada no ministério marca também uma nova fase de atuação política, na qual ele abre mão de disputar um novo cargo nas eleições de 2026 para permanecer no governo — condição prevista em reportagem que sugere que a nomeação o deixa fora da disputa eleitoral.
*Com informações da Agência Brasil/Veja/Bnews.






