O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu que não permanecerá em silêncio durante o interrogatório sobre o inquérito que investiga um suposto plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
A informação foi confirmada por seu advogado Celso Vilardi à CNN Brasil. Segundo a defesa, Bolsonaro irá se manifestar oficialmente durante a oitiva marcada para esta segunda-feira (9/6), às 14h (de Brasília), no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro será interrogado presencialmente, conforme determinado pelo STF, e responderá a perguntas do próprio Moraes, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados dos demais réus.

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Bolsonaro prepara defesa
De acordo com a defesa, Bolsonaro passou o fim de semana reunido em São Paulo com advogados e aliados políticos para alinhar os detalhes de sua participação no depoimento.

Apesar de estar legalmente amparado pelo direito constitucional de permanecer em silêncio durante a oitiva — um direito garantido a qualquer réu —, Bolsonaro optou por usar a ocasião para apresentar sua versão dos fatos. Em declarações públicas anteriores, o ex-presidente já havia adiantado que não pretendia “lacrar” ou transformar o interrogatório em um ato político, mas sim esclarecer sua inocência diante das acusações.
Além dele, outros investigados também serão ouvidos pela Corte. A exceção é o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa bolsonarista em 2022, que está preso e prestará depoimento por videoconferência, como autorizou a Justiça.