Entrevistas de políticos da direita no Amazonas concedidas à Rede Onda Digital repercutiram durante esta semana entre movimentos e apoiadores de Bolsonaro em Manaus.
Na última segunda-feira (10/3) no programa Tribuna Livre, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), respondeu ao apresentador Hissa Abraão sobre uma possível trégua na briga com coronel Menezes (Progressistas).
“Eu acredito que a gente tem que quebrar o retrovisor e seguir em frente, a política é daqui para frente. Eu sou conhecido como agregador, estou aqui para soma esforços porque a gente vai disputar uma guerra contra a esquerda, contra o PT que está com a máquina”, declarou o parlamentar sobre a briga e uma possível abertura com seu ex-companheiro de partido Coronel Menezes.
O que diz a direita
A fala do deputado não foi bem aceita entre os apoiadores da direita em Manaus. Com exclusividade, o presidente do Movimento Conservador do Amazonas, Sérgio Kruke, informou que é ‘impossível’ uma aproximação da direita amazonense com Menezes depois do ‘desrespeito’ que o Coronel causou com os presidentes do PL nacional e estadual.
“Movimentos de direita e conservadores se opõe a possibilidade de aproximação ou retorno de Menezes ao PL, foi um total desrespeito o que ele fez ao presidente estadual e com o nosso presidente nacional, todo mundo sabe o que esse cara fez. Menezes não respeitou Alfredo, não respeitou Valdemar e nem o próprio Bolsonaro”, declarou o líder de direita sobre Menezes ‘não’ respeitar a decisão do partido na escolha de candidato à prefeitura de Manaus em 2024.

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Nesta quarta-feira (12/3) a vez foi do ex-superintendente da Suframa, Alfredo Menezes (Progressistas), como entrevistado do Tribuna. O coronel afirmou que continua ‘amigo pessoal’ do ex-presidente Bolsonaro (PL).
“O presidente Bolsonaro, ele é meu padrinho de casamento. Eu conheci o presidente em 1982, nós temos uma relação pessoal, mas política a gente coloca no devido lugar”, declarou Menezes.
A briga interna do PL no Amazonas foi acalorada com a disputa para quem seria o candidato do partido à prefeitura de Manaus em 2024. Alberto Neto foi o escolhido pelo ex-presidente Bolsonaro (PL), deixando apenas a candidatura de vereador para Menezes, que não aceitou e acabou sendo expulso da sigla em 2023 após chamar Alberto Neto de “Judas”, apontando uma causa pessoal do deputado federal em expulsa-ló.
Questionado sobre essa expulsão do PL, Menezes afirmou que o motivo da saída foi criticar o deputado federal Alberto Neto por ‘não votar a favor da Zona Franca de Manaus’ no Congresso Nacional.
‘Eu fui expulso porque eu falei uma coisa que todo mundo falou do candidato que concorreu com o David, que foi o único que votou contra a Zona Franca. Eu falei que votou, e por isso me expulsaram do partido. Porque eu falei isso de um colega partidário, mas é coisa do passado. Eu incômodo porque a verdade precisa ter voz. Eu desafio qualquer um de qualquer local desse pessoal que se diz da direita. Na realidade a população quer um perfil, mas tem pessoas que querem minar uma situação entre mim e o Bolsonaro’, declarou Menezes como opção da direita no estado.
‘Se você discordar do cara agora tu briga, mas amanhã tu volta, se inimigos políticos voltam. O fato de eu estar em outro partido, não me tira nenhum desses valores que eu defendo, deus, família e pátria. Muito mais do que esses que estão dizendo que eu não tenho’, afirmou o coronel, ressaltando a amizade com Bolsonaro.
Contrariando a fala do coronel Menezes, Sérgio Kruke reforçou que o presidente de honra do Partido Liberal, Jair Messias Bolsonaro, ‘não quer ver Menezes nem pintado de ouro’, pois a briga interna que o militar causou no partido afetou Bolsonaro.
‘Bolsonaro não quer vê-lo pintado de ouro. Ele atacou a liderança, querendo ser o candidato do partido, depois foi para o Progressistas e se contradiz quando falou que não ficaria contra o Bolsonaro, coisa que fez sendo vice do candidato opositor’, finalizou o líder da direita conservadora em Manaus