O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quinta (18/2) de almoço em Brasília com parlamentares da oposição. Ao sair do evento, ele falou à imprensa e questionou os motivos que levaram à inelegibilidade dele, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em duas condenações diferentes.
Ele disse:
“Por que eu estou ilegível na justiça eleitoral? Por se reunir com embaixadores? Por discursar no 7 de setembro? Por que usei os meios do 7 de setembro para falar com eleitores? Isso é motivo para inelegibilidade ou eles querem negar a democracia, me proibindo de disputar as eleições?”.
Bolsonaro inelegível: Entenda
Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, por entender que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao reunir embaixadores, em julho de 2022, para atacar, sem provas, o sistema eleitoral. Depois, ele recebeu uma segunda condenação, por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral. Ele se encontra inelegível até 2030.
Atualmente, aliados do ex-presidente tentam emplacar um projeto de lei que pode fazer modificações na Lei da Ficha Limpa para tentar reverter a inelegibilidade de Bolsonaro. Um projeto de lei complementar (PLP), de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS), propõe reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos, o que em tese possibilitaria a Bolsonaro disputar a eleição presidencial em 2026.
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Nova pesquisa eleitoral
À imprensa, Bolsonaro também chamou o presidente Lula (PT) de “incompetente” e disse que a sua popularidade “está derretendo”. Ele declarou:
“A pesquisa, hoje, já me dá 5% a frente do nove dedos [Lula], inclusive a dona Michelle na frente dele, é sinal que ele está derretendo, é um incompetente”.
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, contratado pelo PL e divulgado nesta terça, aponta que Jair e Michelle Bolsonaro ficariam a frente de Lula em eventuais cenários de segundo turno na eleição presidencial de 2026.
*Com informações de CNN Brasil.