Em ato na Avenida Paulista sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes bolsonaristas se reuniram, na tarde deste domingo (09/06), em São Paulo para protestar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O mote da manifestação foram os pedidos de impeachment de Lula e de Moraes.
De acordo com informações apuradas pela Rede Onda Digital o manifesto foi organizado pelo perfil Space Liberdade e Marco Antônio da Costa na plataforma “X”.
O protesto, que tomou um espaço em frente ao Masp, não teve a adesão dos principais políticos próximos de Bolsonaro, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo) e Carla Zambelli (PL) particparam do manifesto.
Zambelli afirmou ter sido criticada por aderir a um protesto que não foi chamado por Jair Bolsonaro. Ela afirmou que aderiria a todos os protestos chamados pelo ex-presidente, mas também pelo restante da população.
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A deputada ainda lembrou o histórico dos protestos contra Dilma Rousseff (PT), que começaram pequenos e depois tomaram grandes dimensões. “Existe um pedido de impeachment dele [Lula] assinado por 144 deputados federais”, disse.
“Acreditem, é possível”, concluiu Zambelli, segurando um boneco inflável de Lula, que ficou conhecido como “pixuleco”. Marcel Van Hattem, por sua vez, fez, um discurso crítico a Moraes, a quem chamou de “Xandinho”.
Um tom comum em discursos de manifestantes que se revezaram no carro de som foi o que classificaram como violações de direitos dos réus pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Outro deputado federal que compareceu e encampou os gritos de “fora Lula” foi Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL).
“O Brasil vai passar por uma revolução de consciência antes de fazer uma revolução de verdade. E essa revolução de consciência está acontecendo”, disse Bragança, emendando críticas a partidos do bloco do centrão.
Além das faixas contra Lula e Moraes, havia várias direcionadas ao bilionário Elon Musk. “Fora ditadura, help Elon Musk”, dizia uma.
A reportagem conversou com políticos mais próximos de Bolsonaro, que afirmaram que não iriam participar do protesto. Na visão de parte desse grupo, realizar protestos desarticulados e com pequeno público pode dar impressão de fraqueza após atos lotados do ex-presidente da República.
Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o manifesto a seu favor.
*Com informações da Folha de S.Paulo