Em entrevista ao programa Fiscaliza Geral da rede Onda Digital nesta terça-feira (12), o ex-prefeito de Manaus e pré-candidato ao Senado Arthur Neto (PSDB) abordou a mobilização do cenário político local para as eleições de outubro, a volta do Brasil ao mapa da fome e as potencialidades dos recursos naturais da Amazônia, que continuam atraindo o interesse internacional.
Neto, que integra a federação representada pelo ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), afirmou que o “Negão” ainda tem condições de comandar o Executivo estadual caso seja reeleito em outubro deste ano.
“Ele tem limitações, mas o governo depende muito da qualidade do secretariado. Incentivei ele a falar das comorbidades, das dificuldades. É um homem que está doando quatro anos preciosos de sua vida para fazer algo de bom pelo estado”, avaliou Neto, em resposta aos comentários da oposição sobre o estado de saúde de Amazonino.
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Neto afirmou que a atual crise econômica é resultado de desajuste fiscal e da perda de prestígio da diplomacia brasileira. Hoje, 47% da população do Amazonas está abaixo da linha de pobreza, e trabalhadores estão tentando sobreviver com uma média de R$ 155 por mês.
“A primeiro medida é implementar políticas que resolvam isso. Temos que retomar o tripé econômico do (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso): meta de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante“, disse. Neto reconheceu a importância de programas sociais como o Bolsa Família para o resgate da dignidade dos cidadãos de baixa renda, mas ressaltou que tais medidas devem ter prazo de validade bem definidos.
O pré-candidato ao Senado acrescentou que é preciso implementar uma política de boa governança para garantir a preservação dos recursos naturais da Amazônia. “Estão de olho nessa riqueza trilionária, que pode tirar da pobreza todos os estados do Brasil. Dessas folhas pode sair a cura do câncer, do mal de Alzheimer. Imagine usarmos os doutores da universidade, os doutores da floresta e os ribeirinhos. Eles dariam um show”.