As ‘salvas fúnebres’ para autoridades pode se tornar obrigatória em Manaus. É o que garante o Projeto de Lei do vereador Dione Carvalho (Agir). O parlamentar da Câmara Municipal de Manaus (CMM) protocolou o PL de nº 378/2024, no último dia 02 de julho. O documento deve ser analisado pelo plenário da Casa após o recesso parlamentar, marcado para o dia 5 de agosto.
Alvo de atentado em 2021, em uma comunidade na zona Leste de Manaus, Dione cita que o objetivo é “prestar uma justa e digna homenagem às autoridades municipais de Manaus, reconhecendo sua dedicação e contribuição para o desenvolvimento e bem-estar do município”.
Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito David Almeida (Avante) a Guarda Municipal terá a missão de preparar uma “guarda fúnebre”, aos moldes das cerimônias em homenagem aos militares.
“As salvas fúnebres realizadas pela Guarda Municipal Armada representam um ato solene de respeito e gratidão, honrando aqueles que, durante seus anos de mandato, dedicaram-se incansavelmente à prestação do serviço público e à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos manauaras”, diz trecho.
Atentado
Em dezembro de 2021, Dione Carvalho foi vítima de tentativa de homicídio. Na ocasião, o vereador fiscalizava uma obra no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste, quando homens armados teriam desferido tiros na direção dele. O filho do parlamentar de 14 anos foi atingido no abdômen, conforme ele relatou, por meio de vídeo, nas próprias redes sociais.
“Hoje eu sofri um atentado, onde o meu filho foi alvejado. Quando eu estava me preparando para entrevistar e pegar um comentário de dois moradores que moram na frente de onde está sendo pavimentado, entrou um micro-ônibus, aquele executivo, e saiu dele sete pessoas, e começaram a alvejar com pistola, com escopeta, com fuzil e metralhadora. Não deu para fazer muita coisa, eu só me joguei na frente do meu carro… Levei meu filho no Chapot Prevost (Serviço de Pronto Atendimento) e foi transferido para o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, onde passou por cirurgia”, contou à época.
A reportagem da Rede Onda Digital entrou em contato com o parlamentar, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.