Mulheres enfrentam disparidades salariais e desafios na inserção profissional. Embora mais escolarizadas, ganham 21% menos que os homens, com maior desigualdade em profissões intelectuais e científicas, onde a diferença chega a 36,7%. A participação em áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática é baixa, contrastando com a dominância feminina em áreas de bem-estar social.
Mulheres pretas ou pardas enfrentam situação mais desfavorável, com menor participação na força de trabalho e acesso limitado ao ensino superior. A presença feminina em cargos de liderança é de apenas 39%, com obstáculos especialmente em setores como Agricultura e Gestão de Resíduos, onde são sub-representadas.
Os dados são referentes a 2022 e fazem parte do estudo Estatísticas de Gênero, divulgado nesta sexta (08/3) — Dia da Mulher — pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Apesar da dupla jornada, com mulheres dedicando quase o dobro de horas ao trabalho doméstico, sua participação no mercado de trabalho permanece inferior à dos homens, abaixo dos níveis pré-pandêmicos. A informalidade e o trabalho parcial também afetam mais as mulheres.
A maternidade influencia a inserção profissional, com taxas de ocupação mais baixas entre mulheres com filhos pequenos. A mortalidade materna, após um pico em 2021, retornou ao patamar pré-pandêmico em 2022. Na política, o Brasil está entre os piores na representação feminina, com apenas 17,9% da Câmara dos Deputados composta por mulheres em 2023, e poucas mulheres em cargos ministeriais.
*Com informações de G1