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Anielle Franco volta a defender conceito de racismo ambiental: “Ele existe e está batendo na nossa porta”

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reafirmou a existência do racismo ambiental durante um debate sobre mudanças climáticas realizado nesta quarta-feira (11/03) em São Paulo.

Ao lado do líder indígena e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ailton Krenak, Anielle destacou que, embora o termo ainda não seja amplamente compreendido pela sociedade, seus efeitos são evidentes nas populações mais vulneráveis.

“É claro que, da noite para o dia, as pessoas não vão entender ou não vão aceitar o [conceito de] racismo ambiental. Mas ele existe. E está batendo na nossa porta”, declarou.

No evento desta terça-feira, a ministra utilizou sua própria vivência no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para exemplificar o conceito. Segundo ela, moradores de comunidades enfrentam dificuldades diárias causadas pelas chuvas, como o impedimento de deslocamento para o trabalho e a escola.

“Muitas vezes, a gente não conseguia entrar ou sair (da comunidade) por conta das chuvas”, relatou Anielle.

A ministra também comparou essa realidade com a de bairros da zona sul carioca, onde fenômenos naturais, como ressacas do mar, não resultam na perda de moradias nem em impactos severos para os residentes. “As pessoas não perdiam as suas casas”, enfatizou.

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco
(Foto: Reprodução)

Saiba mais:


Anielle Franco foi criticada por falar sobre o assunto

O tema gerou repercussão no início de 2024, quando Anielle Franco mencionou o racismo ambiental ao comentar as chuvas que castigaram o estado do Rio de Janeiro em janeiro, deixando mais de dez mortos. Em publicação nas redes sociais, a ministra afirmou que os efeitos da chuva seriam “fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”.

A declaração provocou reações da oposição, com parlamentares ironizando a afirmação e questionando a ideia de que o meio ambiente poderia ser racista.

Em resposta às críticas, membros do governo federal e outros ministros saíram em defesa de Anielle, reforçando a necessidade de debater as desigualdades socioambientais e os impactos das mudanças climáticas sobre a população mais pobre.

Racismo ambiental

O conceito de racismo ambiental, originado nos Estados Unidos na década de 1980, descreve como comunidades socioeconomicamente desfavorecidas sofrem de forma desproporcional com eventos climáticos extremos, enquanto áreas mais ricas são menos afetadas.

Segundo a ministra, esse fenômeno é visível em diversas regiões do Brasil, onde bairros periféricos são frequentemente atingidos por enchentes, deslizamentos e falta de infraestrutura adequada para lidar com desastres naturais.

*Com informações de CNN

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reafirmou a existência do racismo ambiental durante um debate sobre mudanças climáticas realizado nesta quarta-feira (11/03) em São Paulo.

Ao lado do líder indígena e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ailton Krenak, Anielle destacou que, embora o termo ainda não seja amplamente compreendido pela sociedade, seus efeitos são evidentes nas populações mais vulneráveis.

“É claro que, da noite para o dia, as pessoas não vão entender ou não vão aceitar o [conceito de] racismo ambiental. Mas ele existe. E está batendo na nossa porta”, declarou.

No evento desta terça-feira, a ministra utilizou sua própria vivência no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para exemplificar o conceito. Segundo ela, moradores de comunidades enfrentam dificuldades diárias causadas pelas chuvas, como o impedimento de deslocamento para o trabalho e a escola.

“Muitas vezes, a gente não conseguia entrar ou sair (da comunidade) por conta das chuvas”, relatou Anielle.

A ministra também comparou essa realidade com a de bairros da zona sul carioca, onde fenômenos naturais, como ressacas do mar, não resultam na perda de moradias nem em impactos severos para os residentes. “As pessoas não perdiam as suas casas”, enfatizou.

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco
(Foto: Reprodução)

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A declaração provocou reações da oposição, com parlamentares ironizando a afirmação e questionando a ideia de que o meio ambiente poderia ser racista.

Em resposta às críticas, membros do governo federal e outros ministros saíram em defesa de Anielle, reforçando a necessidade de debater as desigualdades socioambientais e os impactos das mudanças climáticas sobre a população mais pobre.

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