
“Presidente americano deveria ver o que os aliados dele falam aqui no Brasil, de deixar a boiada passar”, diz Janja sobre críticas do EUA ao Brasil

A primeira-dama da República, Janja Lula da Silva, criticou a postura do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em relação ao Brasil, que ele deveria estar mais ciente das preocupações de seus aliados brasileiros, especialmente em relação ao desmatamento.
“O presidente americano devia ver o que os aliados dele falam aqui no Brasil, né, de deixar a boiada passar, que era isso que acontecia no governo anterior, então ele precisa se inteirar um pouco. O presidente Lula tem falado, né, que ele precisa vir conhecer e conversar para ele ver a realidade do nosso Brasil, do nosso Brasil soberano”, disparou Janja.
O assunto foi abordado na coluna da jornalista Rosiene Carvalho, no jornal BandNews Amazônia 2ª edição desta quarta-feira, 20/8. Janja chegou a comentar sobre o combate ao desmatamento promovido pelo governo atual, em contraste com a gestão anterior, que é acusada de negligenciar a questão.
“A gente teve uma redução significativa no desmatamento. O trabalho é difícil, né, porque foi, durante muitos anos, isso foi relegado e a boiada realmente tentou passar, mas as comunidades, a sociedade civil resistiu bravamente e hoje a gente tem um trabalho importante do governo federal no combate ao desmatamento, ao garimpo ilegal, a proteção das comunidades tradicionais da floresta amazônica, isso que é o mais importante”, acrescentou a primeira-dama.
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Desmatamento em discussão
Os EUA se queixam de supostas falhas na aplicação das leis ambientais, que, segundo eles, criam vantagem competitiva injusta. De acordo com o governo americano, além dos entraves regulatórios, uma suposta leniência do país no combate ao desmatamento ilegal tornaria injusta a competição da indústria brasileira com a norte-americana.
O Brasil, rebateu as declarações, afirmando que está tomando medidas ativas e concertadas para reprimir o desmatamento ilegal e eliminar a parcela de produtos de cadeias de abastecimento com origem em terras desmatadas ilegalmente.
Nesse sentido, o Itamaraty buscou reforçar que o país tem registrado queda no desmatamento, e sublinhou ações como:
- Planos nacionais de clima;
- Fortalecimento de órgãos de fiscalização como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade);
- Implementação do PPCDAm (Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia);
- O compromisso com o Acordo de Paris e a cooperação internacional em sustentabilidade.