A Polícia Civil cimpriu um mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (26), na casa de um adolescente de 17 anos, suspeito de terrorismo, no bairro Colônia Terra Nova, zona norte.
Na residência do menor, foi encontrada uma anotação com a data de um possível massacre terrorista e, de acordo com a polícia, o suspeito já teria assinado o nome de “Adolf Hitler” na frequência da escola.
De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), as investigações se iniciaram no início de outubro após os professores e alunos de uma escola da rede estadual, zona norte, denunciarem as ameaças cujo autor seria o adolescente.
“Iniciamos as investigações que por sua vez apontou para esse adolescente. Entendemos pela representação da apreensão e busca domiciliar. Quando no cumprimento identificamos não só material de mídia como material impresso confirmando essa autoria. Inclusive, dezenas de chips, de objetos, anotações e data de um possível massacre com símbolos da suástica”, explicou a delegada.
Ainda segundo a polícia, o adolescente tinha acesso aos números de professores e alunos. O adolescente já tinha levado um soco inglês para a escola e apresentava um interesse exagerado pelo holacausto, nazismo, preceitos da raça ariana. A titular da Deaai também revelou que teve um dia que o jovem chegou a assinar “Adolf Hitler” na frequência da escola como se fosse ele.
“Ele tinha acesso aos números dos professores, dos alunos e do corpo pedagógico da escola e da diretoria. Ele pegava e mandavam mensagens de diversos números e acrescentava vídeos aterrorizantes. Todas as mensagens tem plano de fundo religioso, de sexo, de gênero, de cor de pele. Tudo isso se a moda ao tipo penal existente na lei de terrorismo”, disse a delegada.
Segundo a polícia, os pais do adolescente não imaginavam a gravidade da situação, mas os responsáveis já chegaram a queimar uma bandeira do nazismo que era do infrator. Ao ser conduzido para depoimento na Especializada, o adolescente admitiu a autoria e acrescentou que tinha a participação e coautoria de outros integrantes que seguem os mesmos princípios.
A participação seria por meio de grupos de mensagens com pessoas do Amazonas e até mesmo de fora do Brasil. Durante o depoimento, o menor falou que fazia isso pra zoar e por querer ver o pânico nas pessoas.