Saiba quem são os policiais mortos em megaoperação contra o CV no RJ

Foto: Reprodução
A megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) realizada nesta terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou quatro policiais mortos e ao menos seis feridos entre agentes civis e militares. A ação, batizada de “Operação Contenção”, é considerada a mais letal da história do estado, segundo dados confirmados pelo Palácio Guanabara.
Policiais mortos em serviço
As forças de segurança confirmaram os nomes dos quatro policiais que morreram durante o confronto:
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Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a comissário da 53ª DP (Mesquita);
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Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, lotado na 39ª DP (Pavuna);
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Cleiton Serafim Gonçalves, 40 anos, integrante do Bope;
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Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, também do Bope.


Além das vítimas fatais, um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foi baleado e levado em estado gravíssimo para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ele passou por cirurgia no início da tarde.
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Confronto
Durante o avanço das tropas, criminosos reagiram com tiros, incendiaram barricadas e usaram drones para lançar explosivos contra as forças de segurança. Outras cenas chamaram atenção: traficantes foram flagrados fugindo em fila indiana pela parte alta da comunidade, lembrando o episódio de 2010, quando criminosos escaparam durante a ocupação do Alemão.
Segundo a Polícia Civil, outros 60 suspeitos morreram em confronto, totalizando mais de 80 prisões até o momento. Entre os detidos estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, apontado como um dos chefes do CV, e Nicolas Fernandes Soares, considerado operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, líder da facção.
Estrutura da operação
A Operação Contenção mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, além de promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O objetivo era cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra lideranças do Comando Vermelho, facção que domina 26 comunidades na Zona Norte.
Para garantir o avanço das equipes, foram utilizados helicópteros, drones, blindados e veículos de demolição. Ainda assim, o confronto foi intenso e se estendeu por horas.
População em meio ao fogo cruzado
Durante os tiroteios, três civis foram baleados por balas perdidas:
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um morador em situação de rua,
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uma mulher que estava em uma academia próxima ao Batalhão de Olaria,
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e um homem ferido em um ferro-velho.
Todos foram socorridos e levados a unidades de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que cinco unidades de atenção primária suspenderam o atendimento na região, e 43 escolas foram impactadas, deixando milhares de alunos sem aula.
O governador Cláudio Castro classificou a ação como uma demonstração de força do Estado diante do crime organizado e criticou a ausência de apoio federal:
“Estamos enfrentando o maior desafio da segurança pública fluminense. O Estado não vai recuar”.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em nota, respondeu que atua no Rio desde outubro de 2023, dentro da Operação Nacional de Segurança Pública, vigente até dezembro de 2025, e que tem atendido aos pedidos de reforço feitos pelo governo estadual, incluindo o uso da Força Nacional.






