
Suspeito de esfaquear cadela grávida é preso em Manaus
Policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema) cumpriram, nesta segunda-feira (1º/09), um mandado de prisão preventiva contra Marlison Cardoso, de 29 anos, por maus-tratos a animais. Ele é acusado de esfaquear uma cadela comunitária, chamada Mel, que estava prenha, no dia 28 de maio deste ano, no bairro Santa Etelvina, zona norte de Manaus.
Segundo a delegada Juliana Viga, titular da Dema, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil por meio de uma denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). A partir das informações, a equipe iniciou diligências e analisou imagens de câmeras de segurança de um comércio próximo ao local, que flagraram o crime.
“Com base nas provas, solicitamos à Justiça a prisão preventiva dele, que foi deferida. Divulgamos sua imagem como procurado e, após a repercussão, ele se apresentou hoje à delegacia acompanhado de um advogado. No mesmo ato, cumprimos a ordem judicial”, explicou a delegada.
Durante depoimento, Marlison confessou o crime. Ele disse que a cadela havia o mordido momentos antes, motivo pelo qual foi até sua casa, buscou uma faca e retornou para atacá-la. O homem afirmou não se lembrar da quantidade de golpes, mas admitiu que sua intenção era matar o animal. Ele ainda alegou estar em tratamento psiquiátrico, porém sem uso correto da medicação.
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Após o ataque, Mel foi socorrida por uma testemunha que acompanhou as câmeras de segurança e levada a uma clínica veterinária. A cadela sofreu perfurações no dorso e na lateral da barriga e precisou passar por cirurgia de emergência. Os filhotes que ela carregava não resistiram. Atualmente, o animal está recuperado e vive com a pessoa que a resgatou.
Histórico violento
Ainda conforme a delegada Juliana Viga, Marlison também responde por homicídio qualificado no município de Barreirinha, quando ateou fogo em uma vítima. Ele confessou o crime, mas alegou que o processo já teria sido resolvido.
“É um indivíduo de alta periculosidade, que agora vai responder por mais esse crime. Nosso papel é garantir que ele permaneça afastado da sociedade”, destacou a autoridade policial.
Situação judicial
Marlison responderá por maus-tratos a animais, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). Ele será submetido a audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.
