O deputado Amom Mandel (Cidadania) se prepara para desistir mais uma vez; dessa vez, de sua desistência. Nos bastidores do mundo político, Amom Mandel tem afirmado a interlocutores que, sim, será candidato à Prefeitura de Manaus. Entretanto, tentar reconstruir todas as pontes destruídas nas últimas semanas não será uma tarefa fácil.
No mundo político, Mandel está isolado, com pouquíssimos apoios; como o senador Plínio Valerio (PSDB), que até aqui tem o apoiado. No meio empresarial, as resistências ao nome do deputado são grandes, principalmente, pelas recentes polêmicas que Amom esteve envolvido; estas que o colocaram como alguém instável e imaturo, que a qualquer momento pode mudar de opinião, pegando todos de surpresa. Essas foram algumas afirmações que apurei junto ao setor.
Um fonte afirmou que as conversas para “recompor o time” estão muito difíceis. Alguns expoentes, inclusive, condicionaram essa recomposição a uma nova pesquisa eleitoral, para avaliarem as condições políticas de Mandel, para então tomarem uma decisão.
Relembre as polêmicas
Em 29 de dezembro, o político amazonense publicou uma vídeo ambíguo nas suas redes sociais, gerando uma série de interpretações diferentes do conteúdo, e dúvidas sobre sua desistência. Independente disso, desconheço avaliações positivas dessa publicação, ou qualquer ganho político.
À época dos acontecimentos, o vídeo pegou de surpresa até mesmo os mais próximos conselheiros e apoiadores do deputado, causando um alvoroço no seu grupo político. Segundo informações, todos foram pegos de surpresa, e avaliaram negativamente o vídeo. Esse foi considerado o primeiro grande erro na trajetória do deputado mais bem votado do história do Amazonas.
Dias depois, a partir do dos acontecimentos ocorridos na noite de 4 de janeiro, Amom Mandel se envolveu em uma confusão com as Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), deu voz de prisão a policiais militares; gravou autoridades públicas, e ainda fez uma série de acusações sem provas a classe política do estado. À época desses acontecimentos, ele se descreveu com um “kamikaze”, ou seja, um suicida; comparação bem lógica para descrever sua condição política.