A pesquisa Atlas/CNN divulgada em 26 de abril, apresentou o pré-candidato Amom Mandel (Cidadania-AM) com o menor índice de intenção de votos entre todas as pesquisas de 2024; ou seja, o deputado federal em uma tendência de queda, com 21,1%. Muito se estuda nos bastidores as razões do enfraquecimento do chamado “fenômeno Amom”; mas fato é que a pesquisa Direto ao Ponto, divulgada na quarta-feita (08/05), reafirmou o resultado da Atlas/CNN apresentando Amom com 22,8%.
A principal corrente de explicação afirma que o “dissolvimento” de Amom Mandel foi causado pela pré-candidatura de Marcelo Ramos (PT), cuja missão é unir o chamado campo progressista, ou as esquerdas, como queira se referir. Se observarmos, o campo progressista — até a pré-candidatura de Ramos — não tinha um postulante “puro-sangue”, alguém genuinamente comprometido com as pautas da esquerda. Então, por eliminação, esse grupo acabava vendo em Mandel o “menos pior”.
Esse cenário foi completamente mudado com a chegada do ex-deputado Marcelo Ramos (PT), que não tem vergonha de assumir o seu partido, o PT, e o apoio ao presidente Lula. A prova que Marcelo Ramos vem ganhando esse campo são os seus 6% confirmados em três pesquisas: Paraná Pesquisas, Pontual e Direto ao Ponto. Isso, com um pouco mais de um mês de pré-candidatura.
Para o eleitor mais ideológico da esquerda e da direita, Amom Mandel é definido como um “isentão” — termo muito usado em política para descrever um político que não costuma se posicionar firmemente no campo ideológico — por conta disso, o deputado federal mais votado do Amazonas em 2022, vem sofrendo desgastes dentro de ambos os espectros políticos, e caindo nas intenções de voto.