Lula rebate chanceler da Alemanha e diz que Berlim não oferece 10% do Pará

(Foto: Reprodução)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender Belém (PA) como sede da COP30 ao responder, nesta terça-feira (18/11), declarações do chanceler alemão Friedrich Merz, que havia feito críticas à capital paraense.
Lula citou uma fala de Merz feita em 13 de novembro, durante o Congresso Alemão do Comércio, quando o chanceler afirmou que a comitiva alemã participante de eventos ligados à COP30 teria ficado aliviada ao deixar Belém e retornar à Europa. Em discurso no interior do Tocantins, o presidente rebateu a crítica e disse que Merz perdeu a chance de conhecer melhor a cultura e os sabores do Pará.
“O primeiro-ministro da Alemanha [Merz] esses dias se queixou: ‘Ah eu fui em Belém, mas voltei logo porque eu gosto mesmo é de Berlim’. Ele, na verdade, deveria ter ido em um boteco no Pará, deveria ter dançado no Pará, ele deveria ter provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém. E eu falava toda hora, coma maniçoba”, disse Lula.
O presidente deu as declarações durante a inauguração da ponte que liga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA).
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Lula também comentou as reclamações sobre os altos preços de hospedagem e serviços em Belém, que se intensificaram nos últimos meses. O presidente afirmou que parte das críticas é injusta, comparando os valores cobrados no Pará com os praticados em aeroportos e grandes eventos culturais.
“Quando o Helder [Barbalho, governador do Pará] falou comigo de fazer a COP30 em Belém, tinha muita gente que não queria. ‘Ah, vocês são loucos, tem que fazer no Rio de Janeiro, em São Paulo, por que levar a COP para o meio do mato? Lá não tem estrutura, lá não tem hotel. A diária é cara, estão cobrando água muito caro’”, disse Lula.
Os preços considerados abusivos na cidade geraram polêmica e chegaram a colocar em dúvida a realização da COP30 em Belém.
Em julho, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que países, especialmente nações em desenvolvimento, chegaram a solicitar a mudança da sede do evento devido aos valores “extorsivos” de hospedagem.
Em setembro, a Justiça do Pará acolheu uma Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública do Estado, em parceria com a OAB-PA e o governo estadual, determinando mais transparência e controle sobre os preços exibidos por plataformas de reserva.
*Com informações do G1






