De professor para professor: Sindicato pede que Professor Samuel dê voto contrário a reforma

O presidente do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), Lambert Melo, fez um apelo, durante visita a Rede Onda Digital, nesta sexta-feira (26), para que o vereador Professor Samuel (PSD) apoie a própria classe e se junte ao grupo de vereadores que pede a retirada de pauta do projeto de Reforma da Previdência da Prefeitura de Manaus.
“Recebemos com felicidade a notícia de que a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil) entendeu a importância de ser contra o andamento do projeto. Então é o momento do professor Samuel, que usa a palavra professor no nome político, se posicionar e ficar ao nosso lado e dos demais servidores que serão afetados por esse projeto de lei da morte”, pediu.
Uma mudança de posição de Samuel é fundamental para os interesses dos servidores, pois só falta o voto de um vereador para brecar a tramitação da Reforma Previdenciária. Atualmente onze vereadores são a favor de parar a tramitação do projeto e arquivá-lo imediatamente. Com um voto a mais, o projeto fica inviabilizado, posto que são necessários um quórum qualificado de 30 votos para ele seguir tramitando e, no futuro, ser aprovado.
Questionado pela Onda Digital, o vereador não revelou qual a posição dele sobre o projeto, que altera significativamente a idade mínima para os servidores se aposentarem, bem como reduz o valor do benefício final.
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Professores querem diálogo com prefeitura
Lambert Melo afirmou que a categoria quer dialogar com o prefeito David Almeida os pontos da reforma previdenciária, mas ele antes tem que retirar de pauta na Câmara. Como segue em pauta, os professores seguem com a mobilização e na próxima quarta-feira eles voltarão ao parlamento para pressionar pela retirada.
“O prefeito precisa dialogar, devemos ser convencidos da existência deste déficit nas contas do Manausprev. Até agora isso não está comprovado”, disse o sindicalista. “Não queremos colocar em risco as futuras aposentadorias, mas precisamos que aja convencimento, que ele apresente documentos comprovando o déficit. Assim, se ele retirar de pauta nós poderemos avançar na discussão”, completou.
Pelos cálculos da Asprom-Sindical, com as novas regras previstas no projeto de Reforma, os professores vão trabalhar mais e perder ainda mais o valor do benefício. “Hoje, teoricamente, nossa aposentadoria é integral, mas já perdemos uma série de benefícios como a regência de classe, vale-alimentação e outros. Isso tira uns 30% da renda de um aposentado. Com a reforma, vamos perder outros 30% e um professor que na ativa ganha R$ 4,5 mil, vai se aposentar com uma renda de R$ 2 mil”, exemplificou Lambert.
Sobre o diálogo com os servidores, tanto o prefeito David Almeida quanto o vice, Renato Júnior, que se pronunciou sobre o projeto nesta sexta-feira, dizem que a reforma vai avançar, mas só depois de muita conversa com os servidores.
