A operação da Polícia Federal que revelou um golpe contra Paolo Guerrero, ex-jogador do Corinthians, também investigou outros jogadores de futebol que foram vítimas da mesma quadrilha. O caso envolve desvios no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Paolo Guerrero sofreu uma fraude em que foi sacada uma quantia estimada em R$ 2,3 milhões. O golpe foi descoberto quando ele tentou sacar sua rescisão referente ao fim do contrato em 2021, quando defendia o Internacional, e descobriu que outra pessoa havia sacado o valor seis dias antes.
O valor, em questão, teria sido transferido para uma conta falsa do jogador e depois para outras duas pessoas. Segundo uma apuração da PF, esta quadrilha estaria em atuação há mais de dez anos.
Os suspeitos que foram identificados teriam atuado contra outros atletas e seriam, inclusive, supostos ex-agentes.
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Os golpes não teriam envolvimento de funcionários da Caixa Econômica Federal, mas sim acontecido após a checagem dos documentos não ter sido feita de forma adequada.
Dois suspeitos já foram identificados, tanto pelo golpe envolvendo Guerrero quanto outros atletas. Estes devem responder pelo crime de estelionato, uso de documento falso, falsificação e associação criminosa. A pena pode chegar a 20 anos de prisão.
Ao todo, a Fake Agents cumpriu seis mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo.
O nome da operação faz referência a uma campanha internacional de conscientização sobre os perigos de agentes falsos, lançada pelo ex-jogador Didier Drogba, embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Esporte e Saúde.