Um em cada quatro domicílios brasileiros apresentou algum grau de insegurança alimentar em 2023, de acordo com dados da PNAD Contínua Segurança Alimentar divulgados nesta quinta-feira (25/4). O conceito insegurança alimentar significa que os moradores não sabem se terão comida suficiente ou adequada na mesa.
No total, são cerca 64,1 milhões de pessoas que viviam nesses domicílios, sendo que 11,9 milhões deles enfrentavam uma situação de insegurança alimentar moderada e outros 8,6 milhões apresentavam insegurança grave (situação de fome).
Embora os números ainda sejam alarmantes, a quantidade de lares com segurança alimentar (acesso pleno a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente) aumentou nos últimos anos.
- No ano passado, 72,4% dos domicílios no Brasil estavam em segurança alimentar. Esse número representa 151,9 milhões de brasileiros.
- Na pesquisa anterior, realizada no biênio 2017-2018, eram 63,3% dos lares.
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Os números do IBGE apontam que Norte e Nordeste tiveram proporções de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave bem superiores às outras regiões em 2023:
- 16% no Norte
- 14,8% no Nordeste
- 7,9% no Centro-Oeste
- 6,7% no Sudeste
- 4,7% no Sul
Esses valores correspondem, em número de domicílios, a 3,6 milhões no Norte e 12,7 milhões no Nordeste. No tocante à segurança alimentar, Norte e Nordeste também apresentam os menores percentuais:
- 83,4% no Sul
- 77% no Sudeste
- 75,7% no Centro-Oeste
- 61,2% no Nordeste
- 60,3% no Norte
Dentre os estados da Região Norte, o Pará apresenta o maior índice de insegurança alimentar: 20,3% das residências apresentam insegurança moderada ou grave, ou seja, 1 a cada 5 domicílios do estado.
Insegurança alimentar no Amazonas
De acordo com o IBGE, a insegurança alimentar moderada ou grave atingia 17,3% de famílias do Amazonas em 2023. Dentre os estados da Região Norte, o AM ficou atrás apenas do Pará no levantamento.
O índice no Estado ficou acima da média nacional, de 9,4%, e da média da Região Norte, de 16%.
É possível conferir os dados completos da pesquisa clicando aqui.
Com informações de IBGE e G1.