Desidratação: médicos alertam para os perigos do consumo excessivo de álcool nas festas de Réveillon

As festas de fim de ano são sinônimo de encontros, celebrações e muitos brindes. No entanto, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nesse período pode trazer consequências para a saúde e a ressaca é um dos primeiros sinais de alerta do organismo.

No Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, na Zona Leste, estão no topo dos atendimentos nesse período os casos de desidratação, seguidos de consequências mais graves do excesso de álcool, como problemas cardíacos, gastrointestinais, neurológicos e metabólicos.

Segundo a médica Michele Oliveira, quando o álcool é ingerido em excesso, diversos sistemas do corpo são impactados, como o cardíaco e respiratório. “Alguns pacientes que passam muito do ponto podem entrar até em coma alcoólico, com perda da consciência”, disse.

Ela acrescenta que o álcool possui efeito diurético, ou seja, aumenta a eliminação de líquidos pela urina, causando a desidratação e sintomas bem conhecidos por quem bebe, como dor de cabeça, náuseas, vômito e tontura.

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Doses seguras não existem

De acordo com Michele Oliveira, não existe quantidade de álcool segura para ser consumida, tudo depende da tolerância de cada pessoa. Alternar bebidas alcoólicas com água, alimentar-se adequadamente e respeitar os limites do próprio corpo são atitudes simples que ajudam a garantir que as comemorações terminem bem e com saúde.

A médica alerta, ainda, que a ressaca não deve ser encarada como algo banal. “Este ano tivemos um problema grave no país, que foram os casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. Por isso, sintomas de ressaca prolongados não são normais e as pessoas devem procurar ajuda médica”, frisa.

Após exagerar na bebida, alguns cuidados imediatos ajudam na recuperação. A ingestão lenta e frequente de líquidos, principalmente água, é fundamental para combater a desidratação. O descanso e a recuperação do sono também são essenciais. Em alguns casos, analgésicos simples podem ser utilizados, desde que com orientação adequada.

O diretor do Platão Araújo, Juliano Botero,  reforça que, nas festas de fim de ano, o equilíbrio é a principal forma de prevenção