VÍDEO: Israel bombardeia Doha em ataque inédito, para tentar atingir dirigentes do Hamas no Qatar

Fumaça é vista após diversas explosões atingirem Doha, capital do Qatar (Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters).
Em uma ação inédita, o Exército de Israel afirmou nesta terça-feira (9/9) ter realizado um ataque direcionado contra a alta liderança do Hamas no Qatar. Várias explosões foram ouvidas na capital do país, Doha.
Veja abaixo:
Uma autoridade israelense confirmou à Reuters que o ataque teve como alvo dirigentes do grupo terrorista que participam das negociações para tentar acabar com o conflito em Gaza.
Até o momento, não há informações oficiais sobre vítimas ou sobre o impacto imediato nas conversas em andamento. Segundo a mídia israelense, duas pessoas morreram, mas líderes do alto escalão do Hamas não teriam sido atingidos. Os relatórios identificam os mortos como Himam al-Hayya, filho do principal negociador do grupo, Khalil al-Hayya, e Jihad Labad, que atuava com al-Hayya.
Leia mais:
Israel ameaça ‘aniquilar’ Gaza após ataque em Jerusalém que deixou 6 mortos
Ministro da Defesa de Israel chama Lula de ‘antissemita e apoiador do Hamas’
O Qatar tem atuado como mediador para tentar encerrar a guerra que completa quase dois anos. O Ministro das Relações Exteriores do país se pronunciou, e afirmou que o Qatar “não tolerará esse comportamento irresponsável de Israel e a contínua desestabilização da segurança regional, nem qualquer ato que ameace sua segurança e soberania”. O país abriu uma investigação e disse que o ataque é uma “violação flagrante do direito internacional”.
O Qatar não mantém relações diplomáticas oficiais com Israel, mas era visto como um país amistoso no Oriente Médio. Por isso, o governo israelense aceitou que Doha fosse sede para as negociações indiretas de um acordo de cessar-fogo. Agora, as negociações podem acabar caindo por terra.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, afirmou que o ataque é “uma flagrante violação da soberania” do Qatar. Já o papa Leão 14 expressou preocupação e disse que “toda a situação é muito grave”.
*Com informações de Folha de S. Paulo
