O coordenador e representante da Política Externa e de Segurança Comum (PESC) na União Europeia (UE), Josep Borrell, declarou nesta quarta-feira (31/1) que a comissão dos países deverá, até fevereiro, lançar uma missão naval no Mar Vermelho, para proteger os navios dos ataques dos Houthis.
De acordo com a autoridade da UE, a decisão dos países sobre a estrutura de comando pode sair nesta quarta (31/1), ao definirem uma nação líder, o local da missão, os participantes e os recursos a serem utilizados.
O transporte marítimo do Mar Vermelho foi afetado pelos ataques dos dos rebeldes, que controlam grande parte do Iêmen e que começaram a atacar os navios em prol dos palestinos afetados com a guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza.
Diante os ataques, as empresas começaram a mudar rotas.
“Nem todos os Estados-membros estarão dispostos a participar, mas ninguém irá obstruir. Espero que no dia 17 deste mês (fevereiro) a missão possa ser lançada”, disse Borrell a repórteres antes de uma reunião dos ministros da Defesa da União Europeia.
Borrell ainda disse que a operação da UE se chamaria Aspides (que significa protetor), e que seu foco seria proteger e interceptar ataques, mas não participar de ataques contra os Houthis.
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Impasses
Os Estados Unidos e outros países lançaram em dezembro uma missão para dissipar os receios de que a perturbação em uma das principais artérias comerciais do mundo pudesse afetar a economia global.
Mas alguns aliados dos EUA, nomeadamente países europeus, levantaram ressalvas sobre o plano, que levou os EUA e o Reino Unido a lançarem ataques aéreos contra alvos Houthis, e recusaram a ideia de ficarem sob o comando de Washington.
França, Grécia e Itália demonstraram interesse em liderar a missão, com sete países até agora indicando que estariam dispostos a enviar recursos navais, disseram diplomatas, acrescentando que esta seria baseada nas missões existentes da UE na região.
A operação veria inicialmente três navios sob o comando da UE. A França e a Itália já têm navios de guerra na região e a Alemanha planeja enviar a fragata Hesse para a região, segundo diplomatas.
*com informações CNN