Foi aprovado pelo Parlamento da Ucrânia, nesta quinta-feira (9), o orçamento do país que se encontra defasado, com o objetivo de fortalecer sua defesa contra a Rússia e área de educação e da saúde de acordo com os funcionário do governo.
“As prioridades estão claramente definidas no orçamento. Todos os nossos recursos internos serão utilizados para que possamos resistir e vencer o inimigo”, disse o primeiro-ministro Denys Shmyhal, após a votação.
De acordo com as autoridades locais, a Ucrânia enfrentará um enorme défice orçamental de cerca de 43,58 mil milhões de dólares em 2024, devido as receitas orçamentais estarem fixadas em 1,77 bilhões de hryvnias (moeda nacional do país), o que equivale 48,4 mil milhões de dólares, enquanto as despesas estão previstas em 3,35 bilhões de hryvnias .
Mais de metade de todas as despesas orçamentais ucranianas, para 2024, estão planejadas para o setor da defesa, para financiar o esforço de guerra contra a Rússia.
“Praticamente 50% dos nossos gastos são para defesa e segurança da Ucrânia. Haverá mais armas e veículos, mais drones, munições e mísseis. Cada hryvnia de um contribuinte irá para o exército”, exaltou o premier.
Shmyhal também disse que o governo planeja aumentar os salários mínimos e as pensões para ajudar as milhões de pessoas a lidar com o aumento do custo de vida durante a guerra.
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Dos 450 membros do Conselho Superior da Ucrânia, 276 deputados votaram a favor do orçamento, que também prevê gastos mais elevados para os setores da educação e da saúde no próximo ano.
Ajuda externa
O apoio financeiro doa aliados da Ucrânia, segundo o ministro das Finanças, Serhiy Marchenko, seria fundamental para poder cobrir a lacuna orçamental e pagar as despesas sociais e humanitárias.
Cerca de 31 mil milhões de dólares, no ano passado, foram repassados ao governo ucraniano e, em 2023, transferidos mais recebido 35,4 mil milhões de dólares.
Marchenko acredita que conseguir apoio financeiro estrangeiro no próximo ano poderá revelar-se mais difícil e reconheceu que a fadiga dos doadores tinha aumentado à medida que a guerra se arrastava.
Com a guerra no seu 21º mês, as empresas e as pessoas adaptaram-se a uma nova realidade de guerra. No entanto, os riscos e a incerteza permanecem elevados, disseram o governo e analistas.
*com informações Reuters