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Tribunal de Haia emite mandado de prisão contra Vladimir Putin

Tribunal de Haia emite mandado de prisão contra Vladimir Putin

Juízes do Tribunal Penal Internacional, situado em Haia, nos Países Baixos, emitiram nesta sexta-feira (17) mandados de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, e para a Comissária para os Direitos da Criança da Rússia, Alekseyevna Lvova-Belova, por crimes de guerra envolvendo deportação de crianças durante a guerra na Ucrânia.

A Câmara de Pré-Julgamento II do TPI considerou que os dois acusados são responsáveis pelo crime de guerra de deportação ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia, segundo comunicado da corte.

Desde o início da guerra, a Rússia vem sendo acusada por organizações não-governamentais e pela própria ONU (Organização das Nações Unidas) e sequestrar crianças em regiões ucranianas tomadas pelo Exército do país e levá-las centros de “reeducação” em território russo. O governo russo até admitiu o envio de jovens ucranianos, mas alegou tratar-se de órfãos da guerra.


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A Rússia chamou a decisão de “sem sentido”. Na terça-feira (13), antes da publicação dos mandados, a Rússia já havia alertado que não reconhece o TPI em Haia. Mas a decisão foi celebrada pelo governo ucraniano, que afirmou tratar-se de “apenas o começo” de medidas contra o presidente russo.

O conselheiro de Segurança do país e ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, ironizou a decisão em publicação no Twitter, na qual escreveu:  “O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin. Não é preciso explicar onde esse papel será usado”, escreveu Medvedev, que, ao lado da frase, colocou um emoji com o desenho de um rolo de papel higiênico.

As chances de Putin ser preso são pequenas. O mandado de prisão tem valor mais simbólico, visto que a Rússia não é signatária do Tribunal Penal Internacional. Para que o presidente russo fosse preso, ele teria de estar em outro país que fosse signatário do acordo do Tribunal Penal Internacional.

Em 24 de fevereiro último, a guerra na Ucrânia completou um ano.