Funcionária de uma farmácia localizada apenas alguns metros de uma Unidade de Polícia Comunitária, em Quito, no Equador, relatou o susto e o medo após um atentado com bombas na noite desta quarta-feira (10/01).
Natali Rodríguez, de 28 anos, contou que a explosão aconteceu por volta de 21h30, no horário local, após um motoqueiro acender um explosivo em frente à unidade de polícia.
“Saí da farmácia, não dei nem dois passos e bum. Foi um enorme susto, porque foi bem forte. Não tinha ninguém aqui, o motoqueiro teve todo tempo do mundo para colocar o explosivo”, disse Rodríguez.
A farmacêutica destacou ainda que “por sorte, não tinha gente na rua, senão isso teria sido um caos”. Segundo disse, a polícia chegou em 15 minutos à cena do crime. Moradora da zona sul de Quito, ela contou que pedras e vidros voaram em sua direção.
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Crise no Equador
Mais de 22.400 militares foram mobilizados, há patrulhas por terra, ar e mar, batidas nas ruas, operações nas prisões e toques de recolher. Na noite de quarta-feira (10/01), o número de mortos aumentou para 16, após um incêndio provocado em uma discoteca na Amazônia equatoriana, que deixou dois mortos, nove feridos e danos em 11 locais.
A polícia qualificou o ataque de “terrorista”. Embora as atividades tenham sido retomadas timidamente nas principais cidades do país, muitos comércios permanecem fechados, o transporte público circula com menor frequência do que o normal, universidades e escolas oferecem aulas virtuais e há preferência pelo trabalho remoto.
Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador se transformou em um novo baluarte do narcotráfico, com quadrilhas disputando o controle do território e unidas em sua guerra contra o Estado.