Os principais mercados globais enfrentam um dia de fortes perdas nesta quinta-feira (3/4), em meio à repercussão do anúncio do novo “tarifaço” imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: No dia que ele chamou de “libertação da América”, Trump impôs taxas sobre produtos importados de diversos países.
O temor entre os investidores é que a nova rodada de barreiras comerciais anunciada pela Casa Branca deflagre uma guerra comercial global.
No dia anterior (2), Trump anunciou imposição de novas tarifas sobre produtos importados, atingindo países com taxas que variam de 10% a 97%. A medida, segundo o presidente, tem como objetivo fortalecer a produção doméstica e combater o que o governo norte-americano considera práticas comerciais desleais.
Os efeitos do “tarifaço” começam a ser sentidos pelo mundo: Na Ásia, os principais índices das bolsas de valores despencaram e, na Europa, os indicadores operavam no vermelho.
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Brasil afetado pelo “tarifaço”?
O país ficou na lista dos menos taxadas pelos EUA, o que, diante da expectativa inicial, é um fato considerado positivo pelos investidores.
Tanto que o dólar amanheceu em queda no Brasil:
- Às 10h42, o dólar caía 1,74%, a R$ 5,60.
- Mais cedo, às 10h07, o dólar caía 1,38% e era negociado a R$ 5,621.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,644. A mínima é de R$ 5,599. Ontem, a moeda americana ficou em R$ 5,69.
Na contramão dos principais índices globais, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em alta nesta quinta-feira.
União Europeia reage
Nesta quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia (UE) está preparando medidas de resposta em retaliação aos EUA.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, por sua vez, adotou um tom mais comedido e disse que o país reagirá com “cabeça fria e calma” diante do “tarifaço” norte-americano.
Com informações de Metrópoles.