Em menos de dois anos, o uso recreativo da maconha na Tailândia deverá voltar a lista de proibição do país, segundo as informações do ministro da Saúde, Chonlanan Srikaew, que afirmou a apresentação de uma nova lei na próxima semana pelo governo.
“A nova lei vai alterar a atual para permitir o uso de cannabis apenas com fins de saúde e medicinais”, disse o ministro.
“O uso recreativo será considerado incorreto”, acrescentou.
Em junho de 2022, o governo anterior, que contava em sua coligação com um partido pró-legalização, retirou a maconha da lista de narcóticos proibidos com o discurso de dinamizar as áreas de agricultura e de turismo.
Leia mais:
Milei decreta intervenção de meios de comunicação públicos da Argentina
Trump enfrenta Corte dos EUA para combater decisão que o desqualificou das primárias do Colorado
Russo marca novo recorde de permanência no espaço
Quase 1.200 foram aprovados na Tailândia com extratos de cannabis, incluindo cosméticos e comidas. A expectativa era a de que a indústria gerasse 15 bilhões de bahts (R$ 2,12 bilhões na cotação da época) até 2026.
Porém, o que aconteceu foi um comércio desenfreado de centenas de negócios de venda de cannabis, principalmente na capital Bangkok, onde atualmente é possível comprar maconha com vendedores ambulantes, o que gerou mais críticas de alguns setores, que desejam uma legislação mais rigorosa.
O primeiro-ministro Srettha Thavisin, que assumiu o cargo em agosto, declarou diversas vezes que é contrário ao uso recreativo do narcótico.
O debate ressurgiu no fim de semana passado, depois que espectadores de um show em Bangkok da banda britânica Coldplay reclamaram nas redes sociais que “todo o show tinha cheiro de maconha”.
*com informações Folha de S. Paulo