A Suécia se tornou oficialmente o 32º país a integrar a Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Oficialização ocorreu nesta quinta-feira (7/3), em Washington D.C, nos Estados Unidos. O secretário de Estado, Antony Blinken, foi o primeiro a receber o país oficialmente como integrante da aliança militar. “Boas coisas acontecem para aqueles que esperam”, disse Blinken ao primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
Entrada na aliança militar ocorre após décadas de neutralidade. A Suécia e a Finlândia, embora militarmente próximas dos EUA através da adesão à União Europeia, preferiram historicamente manter-se afastadas da aliança, formada durante a Guerra Fria contra a União Soviética. Agora, ambas fazem parte da aliança, a Finlândia ingressou no ano passado.
Leia também:
União Europeia aprova pacote de R$ 267 bilhões para Ucrânia, na guerra contra a Rússia
Acordo entre Mercosul e União Europeia causa possível racha entre França e Alemanha
Suécia enfrentou resistência da Turquia e da Hungria para aderir à aliança. Os turcos acusaram o país nórdico de clemência para com ativistas curdos que se refugiaram em solo sueco, sendo alguns considerados como terroristas por Ancara. Também houve resistência do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, que cobrou “respeito” de Estocolmo, que teria “atacado” as políticas húngaras durante anos.
Influência direta da guerra na Ucrânia. Os dois países escandinavos viram a adesão a Otan como uma maneira de se proteger contra investidas de Moscou após a invasão da Ucrânia em 2022. Todos os membros da Otan seguem o Tratado de Washington, que traz no Artigo 5 o princípio de que um ataque contra um ou mais dos seus membros é considerado um ataque contra todos.
A Rússia prometeu na semana passada tomar medidas em reação à adesão de Estocolmo. O país afirmou que o grau de sanções dependerá “das condições e da extensão da integração da Suécia na Otan”. O país liderado por Vladimir Putin ainda não se posicionou.
*Com informações da RFI, AFP e Uol