O ex-primeiro ministro do Japão Shinzo Abe, de 67 anos, foi baleado hoje durante um evento de campanha na região de Nara e não resistiu aos ferimentos. Ele participava de comício de campanha para eleições ao Senado do país.
A NHK, canal público de TV do Japão, informou:
“De acordo com uma fonte do PLD (Partido Liberal Democrata), o ex-primeiro-ministro Abe morreu em um hospital na cidade de Kashihara, na região de Nara, onde estava recebendo tratamento médico. Ele tinha 67 anos”.
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Segundo um dos médicos que o tratou no hospital, Abe sangrou até a morte, devido a dois ferimentos profundos, um deles no lado direito de seu pescoço. Ele já teria chegado ao hospital sem sinais vitais.
Ainda de acordo com a NHK, um suspeito que se acredita ser o atirador foi detido pela polícia. Ele foi identificado como Tetsuya Yamagami, homem de 41 anos. O Wall Street Journal informou que o porta-voz da polícia se referiu à arma do crime é de “algum tipo”, indicando se tratar de um dispositivo improvisado, dadas as rígidas leis limitando o porte de arma no Japão.
Shinzo Abe foi eleito primeiro-ministro do Japão em 2006, aos 52 anos – à época, a pessoa mais jovem a já ter assumido o cargo. Seu primeiro mandato foi marcado por escândalos e disputas, e ele acabou renunciando em um ano. Voltou a ser eleito premiê em 2012 e ficou no cargo até 2020, tornando-se o mais longevo primeiro-ministro da história do Japão.
Líderes do mundo todo emitiram notas de pesar e condenaram o crime. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial de três dias e chamou Abe de “amigo do Brasil”.