Nesta quinta-feira, 22, o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, se manifestou e pediu uma solução de dois Estados para resolver décadas de conflito entre israelenses e palestinos, e reafirmou que Israel fará “o que for preciso” para impedir o Irã de desenvolver uma bomba nuclear.
Sua menção a uma solução de dois Estados, a primeira de um líder israelense em anos na Assembleia-Geral das Nações Unidas, ecoou o apoio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em agosto em Israel, à proposta há muito adormecida.
“Um acordo com os palestinos, baseado em dois Estados para dois povos, é a coisa certa para a segurança de Israel, para a economia de Israel e para o futuro de nossos filhos”, disse Lapid.
Ele acrescentou que qualquer acordo estaria condicionado a um Estado palestino pacífico, que não ameaçaria Israel. Lapid falou menos de seis semanas antes de uma eleição, que acontece no dia 1º de novembro e que pode devolver o poder ao ex-primeiro-ministro de direita Benjamin Netanyahu, um oponente de longa data da solução de dois Estados. Israel capturou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza – áreas que os palestinos buscam para um Estado independente – em uma guerra no Oriente Médio em 1967.
As negociações de paz entre israelenses e palestinos patrocinadas pelos EUA fracassaram em 2014. Em seu discurso, Lapid novamente denunciou o Irã e expressou a determinação de Israel de impedir que seu antigo inimigo obtenha uma arma nuclear. “A única maneira de impedir o Irã de obter uma arma nuclear é colocar uma ameaça militar convincente na mesa”, disse ele. “Temos capacidades e não temos medo de usá-las.”