Numa conferência pró-natalidade em Roma nesta sexta (10/5), que trata da crise demográfica que atinge a Europa, o Papa Francisco criticou as indústrias de armas e contraceptivos, alegando que elas destroem ou impedem a vida.
O papa disse:
“Há um fato que um estudioso de demografia me contou. No momento, os investimentos que geram mais receita são as fábricas de armas e os contraceptivos. Um destrói a vida, o outro impede a vida… Que futuro teremos? É feio”.
A taxa de fertilidade na Europa tem ficado em 1,5 nascimento por mulher na última década. Ela é considerada aquém dos 2,1 nascimentos necessários para manter os níveis populacionais. A situação é ainda mais grave na Itália, onde os nascimentos caíram para uma baixa recorde em 2023, o 15º declínio anual seguido, e nenhum governo tem conseguido reverter essa tendência.
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Francisco, de 87 anos, acrescentou que o número de nascimentos era o primeiro indicador da “esperança de um povo”, e que a Europa estava se tornando cada vez mais um continente velho e cansado. Ele disse:
“Os lares estão cheios de objetos e esvaziados de crianças, tornando-se lugares muito tristes. Não faltam cachorrinhos, gatos, não faltam. Faltam crianças”.
Em sua fala, o pontífice também pediu por políticas que permitam que as mães não tenham que escolher entre o trabalho e os filhos. Ele concluiu:
“Sei que para muitos de vocês o futuro pode parecer inquietante e que, em meio a taxas de natalidade em declínio, guerras, pandemias e mudanças climáticas, não é fácil manter a esperança viva. Mas não desistam, tenham fé”.
*Com informações de Agência Brasil