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Na ONU, Zelensky e Lula trocam farpas sobre a guerra na Ucrânia

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta quarta-feira (25/9). Ele falou sobre o conflito entre o seu país e a Rússia, e ainda questionou o interesse do Brasil na intermediação pela paz.

Em seu discurso, Zelensky disse, referindo-se ao Brasil e à China:

Vocês não aumentarão seus poderes à custa da Ucrânia. Os planos alternativos para acabar com a guerra na Ucrânia só dão mais espaço político para que a Rússia continue com a guerra”.

O presidente Lula, desde o ano passado, repete que quer atuar como mediador de um diálogo pela paz entre Rússia e Ucrânia. Xi Jinping, presidente chinês, também tem demonstrado vontade de fazer a mediação para o fim da guerra. Em abril, ele conversou com Zelensky por telefone e apresentou proposta de paz, que foi negada. E em maio, Zelensky se encontrou com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim. Porém, também afirmou que o único plano de paz possível para terminar a guerra em seu país é o ucraniano e que não tem interesses nas proposições do Brasil.


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O presidente ucraniano diz que não negociará com Moscou enquanto Vladimir Putin for o presidente russo, e exige o cessar-fogo imediato. Ele ainda disse, na Assembleia da ONU:

“Quando alguns propõem alternativas, planos de acordo pouco entusiasmados, isso não apenas ignora os interesses e o sofrimento dos ucranianos…não apenas ignora a realidade, mas também dá a Putin o espaço político para continuar a guerra”.

Mais tarde, Lula rebateu os comentários de Zelensky. À imprensa, o brasileiro disse:

“Ele tem que ser contra ocupação territorial, é a obrigação dele. O que ele não tá conseguindo fazer é a paz. E o que nós estamos propondo fazer não é a paz por ele. Nós estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano e a Rússia sobreviva. É isso que nós estamos falando”.

“Tem uma tese que é importante começar a conversar. Eu vou dizer mais, ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ou vir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida, é isso”.

A guerra atual entre a Ucrânia e a Rússia começou em 2022, quando as forças russas começaram a incursão em território ucraniano. Após múltiplos ataques e milhares de mortos, o conflito não dá sinal de resolução.

*Com informações de Metrópoles e G1.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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