No início de maio, a Neuralink, empresa liderada por Elon Musk e focada no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina, admitiu enfrentar dificuldades com o implante cerebral de seu primeiro paciente humano, Nolan Arbaugh.
Em um comunicado em seu blog, a empresa explicou que vários fios do dispositivo se retraíram do cérebro de Arbaugh, resultando em uma redução significativa no número de eletrodos efetivos, sem especificar quantos dos 64 fios originais perderam a conexão.
Uma reportagem recente do The New York Times revelou que aproximadamente 85% dos filamentos do implante se soltaram do cérebro de Arbaugh, deixando apenas cerca de 15% dos conectores ainda funcionando. A equipe da Neuralink esperava que o tecido cicatricial se formasse ao redor dos fios na base do cérebro para fixá-los no lugar, mas este processo não ocorreu conforme o esperado.
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Apesar dos problemas, a Neuralink conseguiu fazer ajustes no sistema do chip para utilizar os sinais captados pelo reduzido número de eletrodos ainda funcionais no cérebro de Arbaugh. Isso permitiu que ele controlasse um cursor no computador e até mesmo jogasse videogames por longos períodos, tudo apenas com a força do pensamento. No entanto, Arbaugh perdeu a capacidade de “clicar” com o cursor, uma função que a Neuralink teve que improvisar para manter sua funcionalidade.
*Com informações de Estadão Conteúdo