O governo de Javier Milei encerrará, até o fim deste mês, os contratos de milhares de funcionários públicos argentinos. Em pronunciamento no Fórum Econômico Internacional das Américas, realizado em Buenos Aires, o presidente da Argentina anunciou a continuação das medidas de ajuste fiscal.
“Demitimos 50 mil funcionários públicos, não só isso, agora mais contratos estão caindo e 70 mil vão cair”, disse o presidente.
A Casa Rosada, contudo, o corrigiu, indicando que a demissão seria de 15 mil cabeças. O porta-voz Manuel Adorni explicou que os 70 mil referem-se ao universo de contratos analisados.
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“Desse total, 15 mil receberão baixa até 15 de março. Quanto ao restante, vamos renová-los por seis meses e seguir avançando na análise de cada um. O objetivo é chegar ao que corresponda. Se são 70 mil, que sejam 70 mil. Se ficamos em 15 mil, que sejam 15 mil”, afirmou.
Segundo o jornal argentino Clarín, a ordem é para que cada ministério corte entre 15% e 20% de seu pessoal. Adorni também anunciou, ontem, um plano para fechar 11 mil cooperativas e suspender todas aquelas criadas entre 2020 e 2022.
A passagem da ‘motosserra’ de Milei sobre o funcionalismo público arrisca deixar setores inteiros sem funcionar, como a comunicação pública e o pagamento de aposentadorias e outros benefícios sociais. A agência de notícias pública, a Telam, que tem 3 mil empregados, deve manter apenas 200 ou 300.
*com informações de O Globo e Correio Braziliense.