Samira Sabzian, detida há dez anos no Irã, foi enforcada após ser declarada culpada pelo assassinato de seu marido, com quem foi obrigada a se casar com 15 anos. A denúncia foi realizada pela Iran Human Rights (IHR), um grupo de defesa dos direitos humanos da Noruega, nesta quarta-feira (20/12).
Segundo a IHR, a execução ocorreu na penitenciária de Ghezel Hesar, perto de Teerã, o grupo também afirma que a mulher era vítima de violência doméstica. Ela foi presa aos 19 anos.
A condenada foi condenada a morte e tinha dois filhos, que voltou a ver na prisão, após uma visita organizada em dezembro, antes de sua execução, segundo a IHR.
“Samira foi vítima durante anos de um apartheid de gênero, de casamento infantil e de violência doméstica, e hoje é vítima da máquina da morte, corrupção e incompetência do regime”, afirmou Mahmood Amiry Moghaddam, diretor da IHR.
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Grupos de direitos humanos alertaram para o aumento das execuções na República Islâmica este ano, com ao menos 115 mortes apenas em novembro, segundo a Anistia Internacional.
Apelos da IHR foram realizadas ao Irã para que não executasse a jovem, Londres também tentou, em vão, impedir a execução.
*com informações UOL