Jean-Marie Le Pen, fundador do partido de extrema-direita francês Frente Nacional, morreu aos 96 anos nesta terça-feira (7/1). A informação foi divulgada pela família do político.
Le Pen estava internado em uma casa de repouso há várias semanas. Sua saúde já estava debilitada desde 2022, e ao longo dos últimos anos passou a fazer menos aparições públicas.
Leia mais:
Quem foi Jean-Marie Le Pen?
Nascido em 20 de junho de 1928 em La Trinité-sur-Mer, no leste da França, ele era formado em direito e serviu como legionário nas guerras coloniais da então Indochina (1953) – hoje Vietnã – e da Argélia (1957).
Depois entrou para a política: Tornou-se o legislador mais jovem da França, ao ser eleito à Assembleia Nacional com apenas 27 anos. Ao longo das décadas, passou a fazer várias declarações xenofóbicas, antissemitas e racistas.
Em 1972, assumiu a direção de um novo partido de extrema-direita, o Frente Nacional, que hoje é chamado de Renovação Nacional. Ele colocou suas filhas, genros e, em 2012, uma neta, Marion Maréchal-Le Pen, nos postos de direção do partido. Ele permaneceu como presidente honorário até março de 2018. Hoje, a legenda é comandada pela filha dele, Marine Le Pen, que já concorreu à presidência do país três vezes.
O próprio Jean-Marie foi candidato à Presidência da França cinco vezes. Em 2002, chegou ao segundo turno, sendo derrotado por esmagadora maioria por Jacques Chirac.
Dentre suas declarações mais polêmicas, Le Pen chegou a dizer que as câmaras de gás foram ”um detalhe na história da Segunda Guerra”. Ele também era totalmente contra à entrada da França na União Europeia, e dizia que os estrangeiros eram responsáveis pelos problemas do país: Afirmava que eles eram os responsáveis pela violência, pela falta de postos de trabalho e afirmava que, se “se não estavam bem na França, o melhor era retornar a seus países”.
*Com informações de UOL