A primeira mulher eleita para o gabinete do Hamas, Jamila al-Shanti, 68 anos, foi morta em um bombardeio causado por Israel na Faixa de Gaza. A informação foi anunciada nesta quinta-feira (19), pelo Hamas. Ela era viúva de Abdel Aziz al-Rantisi, fundador do grupo no fim da década de 80 e falecido em 2004.
O Hamas se pronunciou exaltando a figura de al-Shanti para o grupo.
“(Ela foi) a fundadora feminina da organização e se tornou alvo de Israel em 2008, após o sucesso da marcha das mulheres, que resultou na quebra do cerco a um grupo de ativistas palestinos na mesquita de Umm al-Nasr em Beit Hanoun”.
O Exército de Israel já havia confirmado a morte do chefe do braço militar dos Comitês de Resistência Popular em Rafah, Rafat Harev Hossein Abu Halal. O bombardeio israelense também matou o chefe das forças de segurança interna de Gaza, a informação é de uma agência de notícias alinhada ao Hamas.
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Além de fazer parte do gabinete, ela ocupava um cargo de deputada no Parlamento da Autoridade Palestina desde 2006. Após a entrada de Jamila, outra mulher também ingressou no gabinete político, como chefe da comissão das mulheres do movimento. O líder sênior do Hamas destacou:
“Nosso movimento respeita as mulheres palestinas, sua luta, seu heroísmo e seus sacrifícios”.
“Choramos nossa mártir, continuaremos em seu caminho”.