A maior unidade de armazenamento de energia da Europa Continental começou a funcionar, neste sábado (3), na província belga da Valónia. As 40 mega-baterias de ions de lítio asseguram uma distribuição estável de energia na rede pública quando há flutuações nas entradas de energia eólica ou solar.
O armazenamento da energia é crucial para a autonomia dos países, considera o diretor da empresa francesa que construiu a unidade.
“Há um claro entendimento de que os recursos energéticos são uma questão de soberania. Estas baterias permitem armazenar a energia produzida localmente, incluindo a de fontes renováveis, e utilizá-la localmente. Poderíamos antever o fim da dependência de fontes estrangeiras de energia”, explicou, à euronews, Michael Coudyser, diretor-executivo da Corsica Sole.
A central pode armazenar 100 MWh de eletricidade. Cada bateria custa cerca de 800 mil euros e deverão durar 10 anos, após o que serão recicladas pelo fabricante,Tesla.
Trata-se de um investimento de 30 milhões de euros sem subsídios públicos. O parceiro financeiro do projeto diz que os governantes querem investir em infra-estruturas de grande escala.
“A emergência da capacidade de armazenamento está diretamente relacionada com o crescimento das energias renováveis e a sua importância para a rede pública”, referiu Raphael Lance, diretor do Fundo de Transição Energética da Mirova.