Foi comunicado pela empresa do empresário de biotecnologia Patrick Soon-Shiong, dono do Los Angeles Times, um dos principais jornais americanos, na terça-feira (23/01), uma onda de demissões de 115 profissionais mais de 20% da equipe da redação, devido ao prejuízo registrado de US$ 40 milhões (R$ 197.18) em 2023.
“Em uma das maiores reduções da força de trabalho em seus 142 anos”, diz a reportagem informando sobre o corte.
Na semana passada os funcionários do veículo fizeram uma greve de um dia, mas os cortes foram confirmados, embora em número menor do que previsto, segundo a LA Times Guild, uma das associações sindicais que reúne profissionais do jornal.
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Prejuízos e egos
De acordo com um comunicado assinado pelo proprietário, as perdas que a sua família absorveu nos últimos anos “ultrapassaram os 100 milhões de dólares em despesas operacionais e de capital”.
A reportagem do LA Times classifica os cortes de “dramáticos”, não apenas pela quantidade, mas também por ter atingido estrelas da equipe.
Em um ano eleitoral nos EUA, o jornal ceifou a chefe da sucursal de Washington, Kimbriell Kelly, vencedora de um prêmio Pulitzer, e o vice-chefe da sucursal, Nick Baumann.
Também foram embora o editor de negócios Jeff Bercovici, o editor de literatura Boris Kachka e o editor musical Craig Marks.
Vários fotógrafos premiados foram dispensados, e a unidade de vídeo foi esvaziada.
Ao justificar os cortes, o presidente e diretor de operações do LA Times, Chris Argenteri, disse que “a realidade econômica da organização é extremamente desafiadora”.
”Apesar da vontade do proprietário em continuar a investir, precisamos de tomar medidas imediatas para melhorar a nossa posição de caixa”, disparou.
*com informações de UOL