O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou, nesta segunda-feira (25/03), que o país não irá atender a decisão de cessar-fogo imediato do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A resolução aprovada determina o cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza durante o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que começou em 10 de março e termina em 9 de abril.
O texto também pede a libertação “imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e a “garantia de acesso” à ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
O ministro publicou o posicionamento no X (antigo Twitter).
Ele ainda disse que as Forças de Defesa de Israel continuarão atuando até que o último refém volte para casa. ”Destruiremos o Hamas e continuaremos a lutar até que o último dos raptados regresse a casa”.
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O ministro da Energia e Infraestrutura, Eli Cohen, escreveu que o cessar-fogo é uma ”tempestade que pode levar o terrorismo também para o ocidente”. Segundo ele, sem as condições de regresso de reféns e destruição do Hamas, a ação favoreceria as organizações terroristas no mundo.
Para o governo israelense, o cessar-fogo “prejudica” esforços para libertação de reféns e traz esperanças ao Hamas.
“Isto dá ao Hamas esperança de que a pressão internacional lhe permitirá obter um cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns”, disse o comunicado do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Israel também criticou os Estados Unidos por se abster da votação no Conselho de Segurança. O primeiro-ministro acusou a Casa Branca de abandonar sua “posição de princípio”.
A proposta foi apresentada pelos atuais 10 integrantes não permanentes do conselho (Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça). Recebeu 14 votos a favor, nenhum contrário e uma abstenção dos EUA.
*com informações do Poder 360 e UOL.