A Hungria aprovou nesta segunda-feira (26/02) a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aprovação era a última que faltava para a entrada oficial do país nórdico na organização militar.
O parlamento húngaro aprovou com 188 votos a favor e seis contra a entrada da Suécia após adiar a decisão por mais de 18 meses. Para ingressar na Otan, era preciso a aprovação de todos os integrantes da organização.
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O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, classificou esta segunda como um dia histórico e escreveu nas redes sociais que: “estamos prontos para assumir a nossa parte de responsabilidade pela segurança da Otan”. Agora, é necessária uma assinatura presidencial da Hungria para endossar formalmente a aprovação da candidatura sueca à Otan, o que é esperado que aconteça nos próximos dias. Em seguida, a Suécia se tornará oficialmente o 32º membro do acordo militar.
“A adesão da Suécia tornará todos nós mais fortes e mais seguros”, disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan.
Com a Suécia participando da Otan, toda a costa do Mar Báltico fará parte do território da aliança, com exceção da costa da Rússia e Kaliningrado. Ou seja, no caso de um ataque russo, por exemplo, seria mais fácil defender os países bálticos.
O Mar Báltico também é estratégico do ponto de vista comercial, é uma rota de acesso marítimo aos portos de São Petersburgo e Kaliningrado, ambos na Rússia.
Em 2023, um porta-voz da Rússia disse que a entrada da Suécia na aliança, na ocasião ainda uma possibilidade, traria consequências “negativas“, e que Moscou responderia com medidas “antecipadas” e “planejadas“. Além disso, o exército sueco e todo equipamento militar do país também vão pertencer à Otan.
Apesar do país ser pequeno ter uma força militar de aproximadamente 50 mil pessoas (sendo metade reservista), Simon Koschut, que ocupa a cadeira de política de segurança internacional na Universidade Zeppelin em Friedrichshafen, na Alemanha, afirmou à agência DW que “os suecos têm um exército muito moderno, em particular uma força aérea moderna de fabricação própria“.