O Hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, “ainda está de pé”, mas “pouco funcional”, disse Aurélie Godard, chefe de atividades médicas em Gaza, dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), nesta quarta-feira (31/01). Godard visitou o Al-Shifa, a maior unidade de saúde de Gaza, pela primeira vez desde que MSF retirou sua equipe do hospital em novembro.
Desde então, o Al Shifa gradualmente “se transformou em um campo para os desalojados”, acomodando cerca de 50 mil pessoas em busca de segurança. A organização afirmou, ainda, que a falta de combustível para os geradores tornou “impossível tratar de forma adequada as pessoas que necessitam desesperadamente de cuidados médicos”.
Godard visitou o hospital com um comboio da ONU para entregar 19 mil litros de combustível. “Esse combustível é essencial porque é utilizado para acionar os geradores que abastecem o hospital com energia elétrica”, disse ela.
Diariamente, são necessários três mil litros de combustível para que o Al Shifa funcione. Assim, os 19 mil litros entregues, serão suficientes para abastecer o hospital por pelo menos de uma semana.
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O Hospital Al-Shifa, considerado o maior complexo médico de Gaza, está localizado no bairro de Rimal, na cidade de Gaza. O hospital, com capacidade para 700 leitos, é composto por cinco edifícios principais:
- Unidade de Obstetrícia e Ginecologia, que inclui serviços de maternidade;
- Cirurgia de especialidades, que inclui Unidade de Terapia Intensiva (UTI);
- Unidade de Cirurgia Geral e Ortopedia;
- Unidades de Medicina Interna e Diálise;
- Prédio administrativo, que abriga ambulatórios, laboratórios e banco de sangue.