Grupo Hamas aceita libertar reféns israelenses como parte de acordo de paz com EUA

Abu Ubaida, porta-voz do Hamas, em foto de arquivo de novembro de 2019 (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa).
Na tarde desta sexta (3/10), o Hamas informou que concorda em libertar todos os reféns israelenses vivos e os corpos dos reféns mortos como parte do plano de paz de Gaza proposto pelos EUA. Neste mesmo dia, o presidente americano Donald Trump tinha dado prazo até domingo (5) para o grupo terrorista, sob pena de liberar “inferno total” sobre Gaza.
Em um comunicado, o grupo palestino acrescentou que está pronto para engajar imediatamente em negociações através de mediadores para discutir detalhes do acordo.
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Entenda o plano de paz para Gaza
A proposta de Trump, divulgada na segunda (29/9) apoiada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do grupo terrorista Hamas podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica.
Gaza passaria a ser governada por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais. O grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado “Conselho da Paz”, que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do órgão.
A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
Chanceleres da Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Catar e Egito receberam positivamente o anúncio do plano, bem como líderes europeus como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, e o presidente francês Emmanuel Macron.
*Com informações de CNN Brasil
