Cerca de 14 corpos foram encontrados, nesta segunda-feira (18/03), em Pétionville, próximo a capital Porto Príncipe, no Haiti, onde ficam diversas embaixadas, inclusive a brasileira. Desde as primeiras horas desta segunda, homens armados realizaram vários ataques, de acordo com um correspondente da France-Press.
Moradores disseram que “bandidos armados” espalharam o terror desde o amanhecer em Laboule e Thomassin, dois bairros da comuna, nos subúrbios da capital. De acordo com as testemunhas, os elementos das gangues atacaram um banco, um posto de combustível e residências particulares.
Entre as casas saqueadas está a de um juiz do Tribunal de Contas do Haiti, Pierre Volmar Demesyeux, que conseguiu escapar do imóvel graças à intervenção da polícia.
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O Haiti, que já atravessava uma grave crise política e de segurança, foi assolado desde o início do mês por uma onda de violência a pontos estratégicos de Porto Príncipe, contra o primeiro-ministro Ariel Henry, que assumiu a chefia do país após o assassinato em 2021 do então presidente, Jovenel Moïse.
Em viagem ao Quênia, Henry não conseguiu regressar ao Haiti e, há uma semana, anunciou a sua demissão afirmando a criação de um conselho presidencial de transição para substituí-lo.
Numa reunião de emergência realizada no mesmo dia com representantes do Haiti, da ONU e dos Estados Unidos, entre outros, a Comunidade das Caraíbas (Caricom) e seus parceiros encarregaram os partidos políticos haitianos e o setor privado do país de criarem as autoridades de transição.
Nesta segunda, os Estados Unidos disseram esperar que o novo órgão seja implementado o mais brevemente possível. “Meu entendimento é de que as partes interessadas haitianas estão muito próximas de finalizar a composição”, afirmou Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado.