O presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado na quinta-feira (21/11) e confirmou que suas forças atingiram a Ucrânia com um novo míssil balístico hipersônico de médio alcance, após um disparo contra a cidade de Dnipro, que não carregava uma ogiva nuclear.
No discurso, que durou menos de 10 minutos, Putin condenou dois recentes ataques realizados pela Ucrânia em solo russo utilizando mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow. Por causa disso, ele afirmou que o conflito na Ucrânia adquiriu um “caráter global”.
Putin afirmou:
“A partir do momento em que [esses mísseis foram disparados contra a Rússia] e, como havíamos destacado reiteradamente antes, o conflito provocado pelo Ocidente na Ucrânia passou a conter elementos de um [conflito] de caráter global”.
Ele também ressaltou que os ataques com mísseis ocidentais disparados pela Ucrânia contra o território russo fracassaram. Putin afirmou que seu país está “pronto para todos” os cenários no conflito contra a Ucrânia e seus aliados ocidentais.
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Putin ainda declarou que seu míssil hipersônico, batizado Orechnik, é “invencível”. Ele disse:
“Atualmente, não existem meios para contrapor armas como essa. Esses mísseis atingem alvos a uma velocidade de Mach 10, ou seja, entre 2,5 e 3 quilômetros por segundo. Os sistemas de defesa aérea disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis desenvolvidos pelos americanos na Europa não conseguem interceptar esses mísseis. Isso está fora de questão”.
Mísseis balísticos hipersônicos têm um alcance de até 5.600 quilômetros, e podem ser usados para lançar tanto ogivas nucleares como bombas convencionais. Segundo a Enciclopédia Britannica, apenas os Estados Unidos, a Rússia e China dispõem deste tipo de míssil em seu arsenal.
Antes do pronunciamento de Putin, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou a jornalistas que o lançamento do míssil seria um aviso ao Ocidente. Peskov afirmou:
“A principal mensagem é que as decisões e ações imprudentes dos países ocidentais que produzem mísseis, fornecendo-os à Ucrânia e, posteriormente, participando de ataques ao território russo não podem ficar sem uma reação do lado russo”.
*Com informações de Metrópoles e UOL