O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, renovou o estado de emergência em oito distritos. A ação tem o intuito de controlar uma ameaça contínua de crimes ligados à atividade de gangues no país caribenho.
Em 15 de novembro, ele anunciou estados de emergência regionais, que permitem que as autoridades revistem prédios e prendam cidadãos sem mandados.
“Embora tenhamos tido um sucesso razoável em controlar o número de assassinatos antes e durante a época do Natal, os níveis de ameaça para os conflitos de gangues em andamento [permanecem] elevados e em escala extensa”, disse, em entrevista coletiva.
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Cinco homicídios diários
O comissário de polícia Antony Anderson afirmou, na mesma entrevista, que a Jamaica registrou uma média de quase cinco assassinatos por dia em setembro.
Os estados de emergência anteriores e a nova legislação sobre armas de fogo fizeram com que o crime violento no país diminuísse, disse Anderson. Houve 1.463 assassinatos na Jamaica em 2021, com a atividade de gangues respondendo por 71% deles, segundo dados oficiais.
A Suprema Corte da Jamaica decidiu, em junho, que as autoridades violaram os direitos de um homem que disse ter sido preso arbitrariamente durante um estado de emergência pública e depois foi mantido detido por meses sem julgamento. O país tem uma das maiores taxas de homicídios da região.